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sexta-feira, 13 de julho de 2012

#Resenha - Contos de Fantasmas, de Daniel Defoe


Contos de fantasmas é um livro muito simples em muito rápido de ler, porém, na contemporaneidade, é difícil se assustar ou até mesmo crer que as histórias são verídicas, de tão inverossímeis que se apresentam. Defoe é muito incisivo em suas alegações de que se tratam de histórias verdadeiras, e acho que no século XVII isso até poderia cair bem, pois a crença na igreja e nos espírítos era bastante forte. Em parte, o livro talvez tenha feito sucesso por causa da crença, e das muitas histórias aonde o diabo é, quase sempre, um dos personagens principais.
As histórias são diversas, mas há aquelas que são mais fracas, como a história dos irmãos que duelam para disputar a mulher que ambos cortejam. Essa foi talvez a mais chata e mais sem sal do livro. A última, mais compridinha e que tem um tom mais jocoso, é a mais divertida do livro, que conta a história de um mágico charlatão que, num caso específico, atende uma menina que quer casar com o homem que a engravidou.
Tirando a inverossimilhança das histórias e partindo da minha própria descrença, talvez o livro não tenha me caído muito bem, mas é uma leitura boa de fazer, coisa de um dia, e pra passar o tempo em um dia frio de inverno pode ser uma boa pedida. Defoe soube como conduzir as histórias frisando serem verdadeiras, e isso faz com que fique mais fácil do leitor crente acreditar, de fato, que se trata de história real. Pra mim, foi uma leitura agradável, sem nenhum susto, nenhum medo e uma ótima oportunidade pra conhecer o trabalho de Defoe além de Robinson Crusoé, que ainda não tive a oportunidade de ler.

Darei 3 estrelas pra esse livro :)

P.S: A versão da L&PM Pocket é muito bem feitinha, recomendo!

Esse post faz parte do Desafio Literário (estou adiantando a leitura). E marca o meu retorno pra literatura também, porque eu posso passar um bom tempo sem ler livros, mas eles sempre me recebem muito bem.

terça-feira, 13 de março de 2012

#Resenha - Antígona, de Sófocles






 Uma mulher reivindicando seus direitos em prol do seu irmão. 
Antígona vs Creonte. Deuses vs Humanos.


Nesta, que é uma das mais famosas tragédias gregas eternizada por Sófocles, vemos um texto que, longe de intimidar, faz com que seja uma leitura prazerosa e muito fluida.
Antígona é fruto do casamento incestuoso de Édipo e Jocasta que, indo contra toda a tirania e as leis humanas da época, munida de uma argumentação arrebatadora, exige que seu irmão Policides seja enterrado da mesma forma que Etéocles.
Tio sóf!
Os ritos sagrados para com os corpos sepultados era uma regra concretizada pelas leis divinas, e com esse argumento, Antígona decorre sobre como Creonte, o homem que tinha o poder nas mãos, estava indo contra essas regras, criando éditos que impediam esses ritos. 
Como toda a tragédia grega, fica claro que, com uma premissa dessas, jorra sangue pelas páginas. Mas o modo como Antígona argumenta e rebate todas as argumentações de Creonte é sensacional. Diria que é uma aula de Direito Antigo, onde as leis divinas predominavam e Antígona só estava tentando se valer desse direito para seu irmão. 
É uma ótima leitura, apesar de não ser grande fã das tragédias gregas, nem de peças, para ser sincera. Escrito em 442 a.C, esse livro continua sendo um referencial importante para o teatro e para a literatura, atravessando os anos sem perder o valor. E é fantástico que um livro tão antigo esteja em nossas mãos hoje. Diria que é uma honra ter lido Sófocles.

3 estrelas
 

P.S Esse livro faz parte da "Trilogia Tebana". Apesar de ser a primeira peça escrita, na verdade ela é a última, seguida de "Édipo Rei" e "Édipo em Colono". Ainda lerei esses outros dois.

P.S - Para ler o livro, e outros tão antigos quanto (Platão, Eurípedes, Ésquilo etc.) clique aqui. Achei esse usuário por acaso. Tem vários títulos interessantes reunidos.


Essa postagem faz parte do projeto 501 grandes escritores :) 

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

#Resenha: Lolita, de Vladimir Nabokov

“A Antiga Europa degradando a jovem América”; “a jovem América degradando a velha Europa”.

Esse trecho, escrito pelo próprio Nabokov, relativo a um comentário de dois leitores, resume bem o que é Lolita.
O livro é basicamente o resumo de toda uma vida que Humbert Humbert (pseudônimo criminoso do próprio narrador de sua história) teve com uma ninfeta de 12 anos, que ele conhece em Ramsdale, uma pacata cidade dos Estados Unidos. Desde o início, o livro já introduz o leitor à patologia sexual de Humbert, um intelectual de meia-idade que se sente atraído por crianças, e que mais tarde se comprova ser pior do que aparenta.
A história tem vários altos e baixos (mais altos do que baixos, diria), mas termina com explicações muito mais profundas do que um leitor de primeira viagem pode perceber, que são explicadas pelo próprio Nabokov e, posteriormente, por Martin Amis, que se encarregou do posfácio, ao menos na editora Alfaguara (muito boa aliás, recomendo, tem um português bem culto e uma capa bonita).
Certas partes do livro, principalmente na parte dois, fizeram o livro andar demasiadamente lento para mim, e numa dessas passagens, as excessivas impressões do cenário americano quase fizeram-me abandonar a leitura. Depois disso, o livro dá uma guinada mais emocionante e acaba bem, apesar de trágico.
As impressões que tive de Humbert tiveram variantes bruscas: de pena a repulsa, de comoção a ódio; em vários momentos sentia que ele era um monstro, e em vários momentos pude ver que era um louco, um demente apaixonado. No fim, acho que houve uma junção dessas impressões na minha leitura. 
O livro, terminado em 1955, obviamente chocou a sociedade com o seu conteúdo, e por isso, tem seu mérito de ser um romance importante para a história da literatura. Nabokov teve a habilidade de fazer um livro pornográfico sem linguagem pornográfica, e apenas com mensagens que davam a entender que Humbert era um viciado em sexo e a pobre Lolita, uma criança infeliz e constantemente subornada, violentada e apavorada.
Gostei mais da parte um, porque a parte dois me revoltou em alguns momentos, os mesmo que quase me fizeram jogar o livro pela janela; mas não me arrependo de ter lido, foi uma experiência ótima conhecer um dos mais famosos trabalhos de Vladimir Nabokov.

3 estrelas (daria 3 e meia se eu tivesse uma meia estrela hahaha)

 

P.S – A reprodução cinematográfica dessa obra está na lista dos 1001 filmes para ver antes de morrer. É o 390 da lista, e foi lançado em 1962 pelo grande Stanley Kubrick. Ainda não vi, mas não ouvi muitas críticas boas (preciso dizer que imaginei eles bem diferentes que o Kubrick?)
Sue Lyon e James Mason

Esse é meu terceiro livro para o Desafio Literário do mês de fevereiro e também mais um livro para a lista do meu projeto 501 grandes escritores, que vocês todos estão convidados a participar (:

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

#Resenha: A dieta das Chocólatras, de Carole Matthews

Continuação do Clube das Chocólatras, esse livro continua ainda muito bom para o que pretende. 4 amigas e uma paixão em comum: chocolate! Lucy, Chantal, Autumn e Nadia prometem algumas risadas e várias confusões nesse livro de Carole Matthews, que mais parece um sex and the city regado a cacau.
Com seus relacionamentos, sofrimentos, dívidas, dúvidas e muito chocolate, elas conseguem tocar suas vidas aos trancos e barrancos, cada uma com seus problemas, mas uma sempre ajudando a outra.


Chantal está com crise em seu casamento com seu marido Ted; Nadia também, com seu marido Toby, viciado em jogos de cassino; Autumn ainda tem problemas com seu irmão viciado em drogas; e Lucy, como sempre, com a vida amorosa num desastre enorme. Todas elas se encontram no Paraíso do Chocolate, gerenciado por um casal de Gays, Clive e Tristan, normalmente para afogar as mágoas e com pretextos para comer muito.

Gostei muito dessa continuação. As novas “enrascadas” que as amigas se metem estão além do imaginável, mas são mais emocionantes que a do primeiro livro. Os dois valem a pena porque é uma leitura muito boa de se fazer, e vai muito rápido, porque li 400 e poucas páginas em poucos dias. Gosto de livros de leitura ininterrupta, e, para ser sincera, gostei de ter começado o desafio com este. Espero continuar com o mesmo pique!
O que eu achei meio forçado foi o desenrolar de um dos problemas no livro, o de Lucy. Só não o contarei aqui porque é importante e posso comprometer a história do livro. De restante, não chega a ser excelente, mas não é ruim. Darei 3 estrelas para ele.



P.S: Lembrei muito das minhas amigas da Dança lendo esse livro. A única diferença é que nós somos 5, e não 4.
Smash Dance Team <3

Esse post é para o Desafio Literário do mês de Janeiro!