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sexta-feira, 13 de julho de 2012

#Resenha - Contos de Fantasmas, de Daniel Defoe


Contos de fantasmas é um livro muito simples em muito rápido de ler, porém, na contemporaneidade, é difícil se assustar ou até mesmo crer que as histórias são verídicas, de tão inverossímeis que se apresentam. Defoe é muito incisivo em suas alegações de que se tratam de histórias verdadeiras, e acho que no século XVII isso até poderia cair bem, pois a crença na igreja e nos espírítos era bastante forte. Em parte, o livro talvez tenha feito sucesso por causa da crença, e das muitas histórias aonde o diabo é, quase sempre, um dos personagens principais.
As histórias são diversas, mas há aquelas que são mais fracas, como a história dos irmãos que duelam para disputar a mulher que ambos cortejam. Essa foi talvez a mais chata e mais sem sal do livro. A última, mais compridinha e que tem um tom mais jocoso, é a mais divertida do livro, que conta a história de um mágico charlatão que, num caso específico, atende uma menina que quer casar com o homem que a engravidou.
Tirando a inverossimilhança das histórias e partindo da minha própria descrença, talvez o livro não tenha me caído muito bem, mas é uma leitura boa de fazer, coisa de um dia, e pra passar o tempo em um dia frio de inverno pode ser uma boa pedida. Defoe soube como conduzir as histórias frisando serem verdadeiras, e isso faz com que fique mais fácil do leitor crente acreditar, de fato, que se trata de história real. Pra mim, foi uma leitura agradável, sem nenhum susto, nenhum medo e uma ótima oportunidade pra conhecer o trabalho de Defoe além de Robinson Crusoé, que ainda não tive a oportunidade de ler.

Darei 3 estrelas pra esse livro :)

P.S: A versão da L&PM Pocket é muito bem feitinha, recomendo!

Esse post faz parte do Desafio Literário (estou adiantando a leitura). E marca o meu retorno pra literatura também, porque eu posso passar um bom tempo sem ler livros, mas eles sempre me recebem muito bem.

quinta-feira, 22 de março de 2012

#Resenha - Mulheres, de Charles Bukowski


Mais um autor do qual ouvi comentários muito bons. Não só sobre o modo diferente e único de sua escrita mas também pelas histórias em si. De qualquer forma, estava esperando uma leitura densa, com melancolismos excessivos e um toque de sarcasmo como tempero. Eis que me deparo com uma obra totalmente além das minhas expectativas.
Mulheres foi o terceiro romance da carreira de Bukowski. Escrito em 1978, o livro conta a história de Henry Chinaski, cinquentão apreciador de corridas de cavalos, lutas de boxe e, obviamente, mulheres. Chinaski vive uma vida regada a bebida e, incrivelmente, cercada de mulheres de todas as idades, desde os 18 até os 40. A surpresa que tive ao me deparar com um estilo de linguagem totalmente informal, e recheado de palavrões e pornografia, foi impagável. Até eu me acostumar com Bukowski levou certo tempo, mas é isso que faz as obras dele serem especiais: a parte técnica é esquecida completamente, e quando o leitor percebe, está vivendo a vida de Chinaski.
Véio mó style xD
A grande sacada do autor é falar da própria vida: Chinaski é o auter ego de Bukowski, criado em 1971. Perceber o personagem como o próprio autor é fantástico, e foi isso que me fez gostar cada vez mais do livro. Apesar de Chinaski ser o protagonista, a obra  conta com várias aparições de grandes personalidades femininas (a maioria delas com algum problema), e todas elas, invariavelmente, acabam sendo seduzidas pelo velho, por ele ser um poeta relativamente conhecido. E o que o homem faz de melhor é descrever as putarias que ele faz com as mulheres na cama (ou em outros lugares). 
O livro é ótimo, foi uma leitura inusitada e bastante apreciada. Prepare-se para um livro carregado de personalidade e linguagem própria, porque a impressão que tive é que estava sentada em um bar com o Chinaski ouvindo suas histórias, rindo e bebendo com ele. Acho que era exatamente com esse intuito que Bukowski escrevia desse modo: para abarcar todas as pessoas que se sentiam à margem da sociedade, como ele se sentiu a vida inteira. 

Gostei bastante e fiquei querendo mais dessa literatura!

4 estrelas
 

P.S: A capa da L&PM Pocket tem uma mulher nua na capa. Foi engraçado ver o olhar interrogativo das pessoas para o livro (inclusive minha própria mãe me xingou por eu ter comprado esse livro hahaha)

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terça-feira, 13 de março de 2012

#Resenha - Antígona, de Sófocles






 Uma mulher reivindicando seus direitos em prol do seu irmão. 
Antígona vs Creonte. Deuses vs Humanos.


Nesta, que é uma das mais famosas tragédias gregas eternizada por Sófocles, vemos um texto que, longe de intimidar, faz com que seja uma leitura prazerosa e muito fluida.
Antígona é fruto do casamento incestuoso de Édipo e Jocasta que, indo contra toda a tirania e as leis humanas da época, munida de uma argumentação arrebatadora, exige que seu irmão Policides seja enterrado da mesma forma que Etéocles.
Tio sóf!
Os ritos sagrados para com os corpos sepultados era uma regra concretizada pelas leis divinas, e com esse argumento, Antígona decorre sobre como Creonte, o homem que tinha o poder nas mãos, estava indo contra essas regras, criando éditos que impediam esses ritos. 
Como toda a tragédia grega, fica claro que, com uma premissa dessas, jorra sangue pelas páginas. Mas o modo como Antígona argumenta e rebate todas as argumentações de Creonte é sensacional. Diria que é uma aula de Direito Antigo, onde as leis divinas predominavam e Antígona só estava tentando se valer desse direito para seu irmão. 
É uma ótima leitura, apesar de não ser grande fã das tragédias gregas, nem de peças, para ser sincera. Escrito em 442 a.C, esse livro continua sendo um referencial importante para o teatro e para a literatura, atravessando os anos sem perder o valor. E é fantástico que um livro tão antigo esteja em nossas mãos hoje. Diria que é uma honra ter lido Sófocles.

3 estrelas
 

P.S Esse livro faz parte da "Trilogia Tebana". Apesar de ser a primeira peça escrita, na verdade ela é a última, seguida de "Édipo Rei" e "Édipo em Colono". Ainda lerei esses outros dois.

P.S - Para ler o livro, e outros tão antigos quanto (Platão, Eurípedes, Ésquilo etc.) clique aqui. Achei esse usuário por acaso. Tem vários títulos interessantes reunidos.


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quinta-feira, 8 de março de 2012

#Resenha - A Revolução dos Bichos, de George Orwell

"Todos os animais são iguais; mas alguns são mais iguais que os outros"


A obra de George Orwell, escrita em plena Segunda Guerra Mundial e tomada de uma simplicidade poética, esconde por trás dessa poesia uma crítica dura ao totalitarismo de Stálin. Orwell acreditava que a URSS não aplicava o socialismo real, o qual ele acreditava, e que era necessário abrir os olhos da camada dos trabalhadores proletariados com uma história simples, e que falasse por si só. Segundo ele “se a obra não falar por si só, significa que ela fracassou”. Estamos diante de uma fábula belíssima que atravessou os anos sem nunca perder o valor, e, principalmente, o cunho histórico a qual está atrelada.
Os animais da Granja do Solar estão infelizes. Passam fome, trabalham muito e decidem, com as últimos palavras do Major, o porco mais velho da Granja, a fazer uma Revolução e expulsar o senhor Jones, o fazendeiro. Após o êxito da expulsão, Napoleão e Bola-de-Neve começam a comandar os outros bichos, criando leis e cuidando da “ordem social”, fazendo-os trabalhar para tocar a fazenda sem o proprietário. Os bichos estão felizes agora, regidos pelo Animalismo; são livres e trabalham para seu próprio sustento, fazendo comemorações com a bandeira com um casco e um chifre cruzados (muito familiar, não?). Mas até que ponto essa felicidade durará com os porcos na liderança?
As alusões claras à Stálin como Napoleão e Trotski como Bola-de-neve são evidentes por si só, e o fato de serem porcos dá à obra um tom de ironia ainda maior. Numa época em que não se falava mal sobre a URSS, e a Inglaterra estava cega diante das atrocidades cometidas no país, fica fácil concluir que o livro foi difícil de circular. Antes de ser aprovado, quatro editoras recusaram publicar, uma por questões ideológicas e as outras três por motivos irrelevantes.
Vale ressaltar alguns pontos históricos ao qual o autor se remete, a saber: Revolução Russa, a alienação histórica e das pessoas com relação a Trotski (a começar por você: sabe quem foi? O que fazia? Pois é, Stálin fez questão que você não soubesse tão facilmente) e, principalmente, a conferência de Teerã, com a reunião de Stálin, Churchill e Roosevelt a qual, particularmente, acho a parte mais genial da obra e fez com que eu a colocasse nos meus favoritos.
A história é simples, mas é tão valiosa em tantos sentidos que ao menos simpatia o leitor terá para com Orwell, se não achá-lo genial. Posteriormente, no término da Segunda Guerra e no começo da Guerra Fria, a obra foi utilizada como um panfleto contra o comunismo, inclusive contra a vontade do próprio autor, que era adepto. É uma obra espetacular, que deveria ser lida por todos, não por causa da crítica ao totalitarismo, mas pelo que ela representa na história.

5 estrelas


P.S A versão que tive o prazer de ler possui o primeiro prefácio que ele escreveu, para os leitores ucranianos, e que diz muito do sentimento dele em relação ao momento histórico em que se encaixava.

P.S 2 No posfácio fiz que Lênin não aparece na história, mas achei o Major tão com aspecto de Lênin que pra mim ele está na história, mesmo que indiretamente.


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segunda-feira, 5 de março de 2012

#Resenha - Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley



Vários clássicos passam por nossas mãos sem que tenhamos, de fato, vontade de lê-los. Para mim, Admirável mundo novo sempre foi um deles; um desses livros que não chamavam muita atenção e do qual eu não tinha nenhuma expectativa. E eis que me deparo com uma história incrível, com um texto belíssimo e com alguns elementos que, na década de 30, pareciam distantes, mas para nós, estão cada vez mais próximos.
Admirável mundo novo é a história da Civilização moderna: crianças criadas em bocais, estruturação familiar desconhecida. “cada um pertence a todos”, e palavras como monogamia, mãe e pai trazem asco e horror. A sociedade feliz é aonde a sociedade moderna se firma. Castas, bebês dominados com idéias pré-concebidas, centenas de gêmeos idênticos que trabalham, trabalham, e, nas horas vagas, tomam “soma”, uma droga que os deixa fora de si e longe dos sofrimentos.
Nesse pano de fundo, conhecemos muitos personagens, até chegarmos na trama principal. Como será que um índio, que tem uma mãe e é leitor de Shakespeare, iria se sair no meio dessa sociedade alienada, cheia de gêmeos idênticos e sem famílias? A partir daí, um texto fluído narra a trajetória desse “Selvagem”, John. Ele é o típico homem das tradições, da religião e do amor.
Huxley surpreende por ter, em sua obra, uma linguagem rápida. Já no início do livro, ele intriga o leitor com cenas interligadas, intercalando-as de uma maneira que eu nunca tinha visto em um livro. A história, em si, tem um tema fraco; o modo, porém, como ele faz a tradução de uma sociedade projetada para 600 anos à frente de seu tempo, além de certeira, ser uma crítica ao andamento da sociedade rumo ao vazio - de sentimentos, de motivos e, principalmente, de pensamentos – é genial.   
O que vemos hoje é uma sociedade alheia a tudo (um exemplo disso são jovens que preferem baladas, as orgias coletivas e bebedeiras), e, traduzindo essa sociedade de Huxley para a nossa realidade, poderemos perceber que muito do “soma” são as nossas drogas, muito do “cada um pertence a todos” se reflete nessas baladas e que a coletividade está preguiçosa e não quer mais pensar, pois a internet deixou tudo mais fácil e rápido.
É um livro ótimo para refletir sobre atitudes coletivas, sobre a sociedade vazia e sobre como alguém diferente disso tudo pode viver nessa sociedade. Identifiquei-me demais com o Selvagem em algumas passagens. Vale a pena.

4 estrelas


P.S: Há uma adaptação para o cinema desse livro, com o mesmo título: Admirável mundo novo. Foi feito em 1998. Fiquei curiosa para assistir, mas morro de medo de me decepcionar, igual Fahrenheit 541 (filme mais parado que nem sei)

P.S 2: O único defeito da Globo de bolso, além dos errinhos básicos, é aquele maldito suplemento de leitura e o prefácio que entrega a história logo de cara. Deveriam mover aquele prefácio maldito e transformá-lo em posfácio. Fora isso, recomendo.

Essa postagem faz parte do projeto 501 grandes escritores =] 

quinta-feira, 1 de março de 2012

#Resenha - E não sobrou nenhum, de Agatha Christie


Agatha Christie não decepciona. Mas, como aconteceu em alguns livros que li, o estilo dela não havia me prendido totalmente ainda, até esta história. O título, à primeira vista, é muito, muito sugestivo, e não há como esconder o que acontecerá no decorrer da trama, mas Agatha consegue fisgar e prender o leitor tão bem que dificilmente ele vai largar o livro antes do fim.
Dez pessoas aleatórias e aparentemente desconhecidas entre si são convidadas, simultaneamente, pelo Sr. Owen, para ir à ilha do Soldado. Alguns foram a trabalho, outros para férias de uma semana, convidados por seus "antigos amigos", como dizia na maioria das cartas-convite. Chegando à ilha, todos estão desconfiados por serem tão diferentes uns dos outros, mas todos  eles têm uma coisa em comum em seu passado: a morte.
Dada essa premissa, fica fácil saber que a trama é, sem dúvida, um deleite de leitura. A autora arma uma cama de gato de forma magistral, às vezes incriminando um, às vezes incriminando outro, e com um desfecho simplesmente fantástico e muito satisfatório. O modo, também, como ela arma certos trocadilhos no decorrer do livro mostra que ela não era apenas uma boa contadora de histórias, mas uma excelente escritora, de fato. Foi um livro ótimo de ler, e foi para minha lista de favoritos, o que não é à toa, porque li em praticamente uma madrugada - simplesmente precisava saber o fim. Apesar do título insinuante, isso não compromete em nada essa trama muito bem articulada. O modo como ela sugere e instiga a desconfiança do leitor a ir de um personagem a outro é fenomenal. E, até o fim, minhas desconfianças foram inúmeras.  Recomendadíssimo.

Daria muito mais estrelas se pudesse

 

P.S: Existem traduções como Convite para a Morte, O vingador Invisível, O Caso dos 10 negrinhos, mas, basicamente, ele é conhecido por esse novo título, ao menos recentemente.

P.S 2: Há, também, uma peça teatral, intitulada "Os dez indiozinhos", e um filme, "Convite para a Morte" (uma de 1943 e uma de 1945, respectivamente) e a peça pode ser encontrada no livro “A Ratoeira e Outras Histórias”.
Alguns dos convidados
Esse é meu primeiro livro de Março para o Desafio Literário 2012. O tema desse mês é "Serial Killer", ou seja, autoexplicativo. Para saber mais das outras resenhas, clique aqui. Infelizmente, não está na lista do meu outro projeto :\

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

#Resenha: O Pequeno Príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry


“All grown ups were children once”

Um piloto tem problemas no avião e cai no Deserto do Saaha, achando que está sozinho e vai morrer de sede. Mas, quando acorda, é surpreendido por um homenzinho loiro com um cachecol dourado, que é um pequeno príncipe de um pequeno planeta. O pequeno príncipe, quando faz uma pergunta, nunca a deixa morrer até ser respondida. Em contrapartida, ele não gosta de responder as perguntas do aviador, mas mesmo assim o pequeno príncipe acaba contando suas histórias e aprendizados.
Todos os adultos foram crianças uma vez, mas eles esquecem. Por isso, acabam esquecendo as coisas essenciais e simples da vida, e não conseguem enxergar nada além do que está em sua frente. Basicamente, os ensinamentos desse livro se resumem a isso, e é um excelente aprendizado para crianças e adultos.
O livro tem tantas simbologias e é tomado de uma poesia que encanta os olhos do leitor. Recomendo, muitíssimo, que leiam essa fábula que atravessa os anos e não perde seu valor. Esse foi o primeiro livro que li inteiro em inglês, e tem certas palavras que são difíceis para o meu nível de leitura, mas isso não desmerece em nada a obra, nem as minhas impressões acerca dela.
Saint-Exupéry mostra uma sutileza de sentimentos e considerações sobre o adulto, e sobre como eles não entendem nada, sendo trabalho das crianças tentar explicar as coisas. Além disso, podemos ver uma descrença do próprio autor com relação aos adultos, porque ele próprio era piloto da Força Aérea Francesa, tendo morrido no quase término da Segunda Guerra Mundial; ou seja, o piloto da história pode ser comparado ao autor e vice-versa. A morte Saint-Exupéry foi trágica, e nunca encontraram o corpo dele, mas isso não o define como autor, e sim essa obra magnífica, com ilustrações simples mas únicas. Lindo, simplesmente.



Quotes que merecem ser destacados:


(o essencial é invisível aos olhos)
(Os olhos são cegos. Você deve procurar com o coração)
(Tu és inteiramente responsável por aquilo que cativas)

Traduções literais, ao menos como eu sempre ouvi.

5 estrelas!



Esse é o quinto e último livro de fevereiro do Desafio Literário, e também mais um livro do projeto 501 grandes escritores

P.S: Pegadinha pra quem ainda não leu: o que é isso? Haha
Se souber responder, sua criança interna ainda não morreu :) 
E quem leu, não responda!

P.S 2: a editora Collector's library é toda linda! É um livro pequeno com bordas douradas, e tem uma capa vermelha de veludo. Como estava na promoção, comprei e adorei! recomendo!

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

#Resenha: Cândido, ou o otimismo, de Voltaire


"tudo vai pelo melhor no melhor dos mundos possíveis"

Sempre tive certo preconceito com relação a Voltaire, pois achava que era uma leitura culta e de difícil compreensão. Depois que comecei a ler as primeiras páginas de Cândido, percebi que estava completamente enganada.
Em tons de sátira, Voltaire faz uma crítica ao otimismo de Leibniz, um filósofo da época que acreditava que estávamos no melhor dos mundos possíveis, e que tudo que acontecia era o melhor. Nesse livro, Cândido é criado em um castelo por Pangloss, filosófo que ensinou a ele tudo o que ele sabia. Depois de uma série de tragédias em sua vida, o desenrolar da história é feito de maneira sublime, carregado de sarcasmo e com um final sensacional. Cândido acabou sendo uma leitura bem interessante, e acho que, qualquer dia, merecerá uma releitura.
Claro que, no primeiro momento, o leitor sem uma leitura prévia do iluminismo e dessa crítica a Leibniz talvez ache o livro otimista demais e não enxergue a sátira por trás do texto; ressalto, entretanto, que depois de uma rápida pesquisa, achará o livro fantástico, como eu achei. Estou ansiosa para as próximas leituras desse escritor, haja vista que ele influenciou diversos autores em suas obras, como George Orwell em "1984" e Aldous Huxley em "Admirável Mundo Novo".

4 estrelas!

P.S: a versão da L&PM Pocket, desta vez, foi boa, sem nenhum erro nem nada grosseiro no texto.
P.S 2: existem várias versão de título, como Cândido apenas, ou Cândido o ingênuo, mas é tudo a mesma coisa. 

P.S 3: Existe, também, uma adaptação para o cinema, mas é nacional. O Título é "Candinho", é uma comédia de 1954. Medo!
 

Esse post faz parte do projeto 501 grandes escritores  :)